Boa Viagem: novos bancos, novos quiosques, sujeira e poluição sonora

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Primeiro foram os bancos em concreto da orla, que estavam em petição de miséria, com as ferragens expostas acarretando risco de acidentes, sendo que alguns chegaram mesmo a ruir. Depois, vieram os quiosques que, se já estavam em situação ruim, pioraram ainda mais, durante a pandemia, quando o acesso à praia estava proibido. Os bancos já foram  substituídos, porém os quiosques estão com as obras apenas começando.

São 60 unidades entre Boa Viagem e Pina, que passarão por reforma, exigindo investimento de R$ 8,6 milhões (que poderiam ter sido economizados, se tivesse havido manutenção).  Mesmo assim, nem tudo esá perdido. Segundo a Prefeitura, o  custo da reforma é 15 por cento menor em relação ao valor de referência. Isto é, se não houver aditivos, como é comum ocorrer em obras públicas. O plano de reforma dos quiosques prevê que a construção ocorrerá em dez  etapas. E as obras deverão demandar mais ou menos um ano. Ou seja, no próximo verão, ainda teremos quiosques decadentes na orla, com coberta de lona rasgada, portas arrancadas, tudo caindo. Nada restará dos atuais, que serão inteiramente demolidos e os novos foram idealizados de forma a ter via mais longa e até a facilitar a acessibilidade, inclusive para cadeirantes.

Obras nos quiosques na orla de Boa Viagem já começaram. Falta disciplinar descarte de lixo e poluição sonora na areia.

Agora, sinceramente, não adianta remodelar a orla, sem uma disciplina rigorosa na areia da Praia. Infelizmente, em Boa Viagem e no Pina há ambulantes que continuam jogando lixo nas areias (entre as barracas, carroças e o calçadão), o que vira um “espanta turista”. Quando chega meio dia, uma da tarde, a aparência é um horror. Lixão à vista!  Não sei qual é a dificuldade da Prefeitura em ensinar os ambulantes mal educados a trabalhar direito. Também não dá para entender a dificuldade em fiscalizar e punir esse tipo de comportamento. A Emlurb até que limpa.  Isso não se pode negar. Gari tem.

Mas o trabalho destes devia ser para recolher o lixo nos sacos corretamente descartado, se todo mundo – banhistas e ambulantes – não agissem tão porcamente. Eles limpam, passam o ciscador, recolhem os detritos da areia. Mas duas horas depois, a sujeira já é grande, principalmente junto as barracas dos ambulantes que fazem a sujeira. Não são todos. Mas é fácil identificar os que fazem a sujeira. São sempre os mesmos. Fiscal até que tem. Mas o pessoal da Vigilância Sanitária observa só a manipulação dos alimentos, a higiene e coibe o uso de bojões de gás na areia. Parece até que lixo na areia não é, também, uma questão de saúde.

Também está complicada  a poluição sonora. Nesse final de semana, tinha gente com caixa de som no maior volume. E as autoridades nada fazem. Desse jeito, a praia vira zona. O problema deixou indignados frequentadores da praia e leitores do #OxeRecife. “Não é proibido esse abuso? Alguém precisa desse som quando vai à praia? Gente sem noção e respeito”, reclama a leitora Ana Barros Silva. “Infelizmente não tem fiscalização para acabar com esses abusos”, diz Hahylton Ferreira Melo Filho. “Detesto esse barulho, horrível”, desabafa Jaqueline Kullander. “Isso é gente que não tem noção nem respeito, tem que bloquear”, afirma Carmen Lúcia. Há leitores, como é o caso de George Carvalho, reclamando que “essas criaturas tiram o sossego também em Tamandaré”. Ou seja, poluição sonora é praticada por gente que não sabe exercer a cidadania, com a conivência das autoridades.  E não é só no Recife.  No Litoral é em Tamandaré, em Itamaracá, em Porto de Galinhas… Antes, eram os carrinhos de CD pirata. Agora, são os banhistas que levam amplificadores, e botam no maior volume, debaixo das sombrinhas.

Pode? Se um faz, todos se acham no direito de fazer o mesmo. E se todo mundo faz isso, a praia vai virar um inferno. Como aliás, virou inferno o comércio e a vida noturna de alguns bares da cidade, inclusive os residenciais, como Apipucos, Monteiro, Casa Forte, Espinheiro.

Abaixo, você confere outros problemas relativos à poluição sonora. Fiscalização que é bom…. Zero!

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Serviço:
O que: Como lutar contra a poluição sonora
Onde reclamar: 0800 720 4444 ou 0800 281 0040 (anotar o número do protocolo, para posterior cobrança)
PM – 190 (população diz que não adianta nada, só serve para anotar o número do protocolo)

Onde mais denunciar: Ministério Público por meio de manifestação à Ouvidoria do MPPE. A Ouvidoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pode ser contactada por telefone no seguinte horário: das 8h às 14h. Além dos canais telefônicos Disque MP – 127 (das 8h às 14h) e o telefone: (81) 99319-3350 (das 8h às 14h), seguem os contatos disponíveis, que podem ser acessados a qualquer momento: WhatsApp: (81) 99679 0221
Formulário na internet: https://ouvidoria.mppe.mp.br/#/formulario
Site (assistente virtual Audivia) : www.mppe.mp.br
facebook: ouvidoriamppe (somente in box)

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos e vídeo: Letícia Lins/ #OxeRecife e Marcos Pastich/ Divulgação / PCR

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