Boa Viagem: Distanciamento só cedinho

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Está muito complicado ir à praia. Por mais perto que ela seja de nossa casa. Pois aumentou a quantidade de apetrechos para levar, mudaram os horários, e os cuidados estão totalmente redobrados por conta da pandemia. Tem mais. Pelo menos em Boa Viagem, depois das 10h, o distanciamento dificilmente é seguido. Então, o jeito é ir  cedo.

Agora, ir à praia exige atenção na tabela da maré. Porque, no meu caso – por exemplo – estou limitando a permanência à beira-mar entre 6h e 9h. No máximo até às 10h, quando um maior número de banhistas começa a chegar. Então, se o horário for de preamar, nem saio de casa. Até porque com a maré cheia, a faixa de areia fica mais apertada e terá mais gente se comprimindo ao sol. Aí, a situação fica igual à da foto abaixo. Um grande risco, em tempos de pandemia.

Na bolsa, é preciso levar álcool gel, duas ou três máscaras e ainda uma garrafa d´água. Até uma cadeirinha decidi levar também, pois a higienização entre um banhista e outro  nas cadeirinhas de uso comum é zero. Então, por via das dúvidas, acho mais seguro levar a minha. Vi equipes da Vigilância Sanitária e da Secretaria de Mobilização e Controle Urbano (Semoc), atuando. O problema é que permanece sem fiscalização a questão da limpeza e também da poluição sonora. Para o cidadão comum, fica difícil entender porque as blitzes – enfocando a questão da limpeza e da poluição sonora – não são conjuntas com outras secretarias. Custariam menos e seriam eficientes. Infelizmente quanto à questão do lixo e o som a todo volume, a praia virou terra de ninguém. Cada ambulante descarta o lixo do jeito que quer, inclusive na areia. Uma coisa sem controle, fiscalização, punição.

E o dever de casa precisa ser feito. Tanto do ponto de vista do banhista e do barraqueiro, quanto do poder público, a quem cabe disciplinar, fiscalizar, punir quem está abusando. Já o som alto impede até o sadio direito que a gente tem de ouvir o barulho das ondas do mar. às vezes, tem três ou quatro ligados ao mesmo tempo. Um saco! Depois que inventaram o Bluetooth, também tem banhistas abusando. Cada guarda-sol tem o seu som “especial”.

Mais uma coisa. O verão chegou, e o principal cartão postal da Zona Sul permanece em situação vergonhosa. Por falta de manutenção, Inclusive no calçadão. A promessa da Prefeitura, via Emlurb, é que os bancos sofreriam reparos e entrariam na alta temporada consertados. Que nada… Está tudo do mesmo jeito, caindo aos pedaços. Há até tampa de concreto jogada na areia. Tem banco quebrado,  concreto corroído pela maresia e ferragens expostas, o que acarreta risco de acidente para os frequentadores da praia. Ainda estou aguardando, por parte dos candidatos, quais os planos para a nossa orla.

Música aí, para quem quisesse ouvir… E olha, que eu estava bem longe da “caixa”de som:

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Texto e vídeo: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins e Acervo #OxeRecife

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