Tem coisa melhor para se andar, do que uma calçada segura (sem buracos), larga e arborizada? Finalmente, algumas começam a aparecer no Recife, com essas características, e já podem ser observadas inclusive em bairros bem movimentados, como a Boa Vista, em ruas como Gervásio Pires, Príncipe e Oliveira Lima. O problema, no entanto, é a bandalha que vocês observam na foto acima. Cadê a Cttu?
Afinal, as calçadas foram alargadas para o bem dos pedestres, e não para que sirvam de estacionamento, como os motoristas sem noção vêm fazendo. Estacionamento há, em outras áreas da cidade: as chamadas zonas azuis e também os particulares. É verdade que estes cobram preços que são “o olho da cara”, como diz a gíria. Mas quem não está a fim de pagar, deixa o carro em casa e usa o transporte público. Agora, usar calçada para carro é demais.

Primeiro porque o espaço é do pedestre e não de quatro rodas. Segundo, porque o material usado é para peso de pessoas e não de automóveis. E se estes ocupam o espaço de forma inadequada, o estrago vem mais rápido. E não é pouco o que está se gastando: R$ 105 milhões, para requalificar 134 quilômetros de calçadas, cerca de 56.300 metros quadrados, em obras que vão até o ano 2020. O #OxeRecife consultou a Cttu sobre o assunto, mas a resposta não havia chegado até 18h.
O Projeto Calçada Legal, da Urb, já requalificou calçadas de 16 vias, nos bairros da Boa Vista, Santo Amaro, Graças, Santo Amaro, Jordão, Imbiribeira, Afogados, Coelhos e Soledade, onde fica a Rua Oliveira Lima, na qual os automóveis estão utilizando a calçada requalificada para estacionar, ali, à altura do Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Cabe à Cttu evitar que isso permaneça acontecendo. Se for do jeito que está, de que terá adiantado o serviço feito? O Calçada Legal tem, ainda, obras em andamento em quatro vias e iniciadas em mais duas. A Emlurb também atua na manutenção de calçadas, e vem requalificando algumas. Mas ainda há muito o que se fazer nessa área. Quem gosta de andar, como eu, que o diga!
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