Tem jeito não. As autoridades apreendem, mas a população continua capturando animais silvestres, para vender. O tráfico de aves, infelizmente, ainda é uma realidade no Brasil. E também em Pernambuco. Essa semana, 205 canários da terra (Sicalis flaveola) foram apreendidos e levados para o Centro de Triagens de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH).
As aves foram recolhidas em ação da Polícia Militar em Salgueiro, Sertão Central do Estado. Segundo a CPRH, os passarinhos “estavam espremidos em cinco viajantes (gaiolas pequenas), num veículo Corola que havia saído da Bahia. O destino das aves, provavelmente, seria a venda em feiras livres”. Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que estavam no sertão, autuaram o proprietário do veículo.
Além de autuado por crime ambiental, ele foi multado em R$ 410 mil, felizmente. Foi obrigado a pagar R$ 2 mil por canário. Mais R$ 1 mil pelo crime de comércio e outro R$ 1 mil por maus tratos a animais silvestres. Os canários serão preparados para reintrodução à natureza. Com um canto forte, os canários da terra são vítimas constantes do tráfico de animais silvestres. A partir da Lei Complementar 410, de 2011, os órgãos ambientais estaduais (em Pernambuco, a CPRH) assumiram a atribuição de cuidar da gestão da fauna silvestre, passando então a organizar Centros de Triagem de Animais Silvestres.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação CPRH / Arquivo – #OxeRecife
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