Vejam que graça. Ninguém quase fala nela. Mas Joana Casotti está entrando para a história como a primeira mulher trans a disputar uma vaga de deputada na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Apesar dessa carinha de menina, ela luta desde 2011 em defesa da inclusão social, da livre orientação sexual e pela promoção da igualdade de gênero.
A garota, com quem estive ao acompanhar a manifestação #EleNão, no último sábado, começou sua militância naquele ano, ao ingressar na ONG Ser Coletivo. Nesta época, passou a ser atendida no Centro Municipal LGTB do Recife, “passo importante para sua auto aceitação como sujeito político LGTB”, conforme afirma a própria, em panfletos de propaganda de sua candidatura, com plataforma Tod@s Junt@s.
Joana me foi apresentada pelo ex deputado e atual Vice-Prefeito gente boa, Luciano Siqueira (PC do B). Ela é filiada ao PC do B e seu número é 65777. Diz que se engajou às lutas estudantis, e também feministas. Estas, com o ingresso da União Brasileira de Mulheres –Secção Pernambuco. (UBM-PE). É design de interiores. Como deputada, quer lutar por “leis que incentivem tolerância e respeito à diversidade, defenda os direitos humanos e afirmem a cidadania LGBT”. Boa sorte, Joana. Você merece! Quanto mais representatividade na Assembleia, melhor.
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Texto e foto: Letícia Lins/ #OxeRecife