Como disse aqui no #OxeRecife na segunda-feira, ao longo da Semana Internacional do Meio Ambiente, o Blog vai trazer, sempre, iniciativas em defesa da preservação da natureza: de pessoas, empresas, organizações oficiais ou não governamentais. Pode ser no Recife, em São Paulo, no Pará ou em outro estado da Federação. Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir em torno da nossa Mãe, tão linda e generosa. E que, infelizmente, tem gente lá por Brasília que não está nem ligando para ela. Ou melhor, preparando um golpe atrás do outro contra as matas, as reservas legais, os povos das florestas. E contra a humanidade, já que todo dia é liberado um veneno para nossas lavouras. Há conspiração até mesmo contra os animais, já que cada caçador agora tem direito a comprar até 15 armas. Arma em mão de caçador serve para quê, gente?
Então, é tempo de mostrar inciativas que – de uma ou outra forma – poupam a natureza. Vou falar de uma empresa, no caso a Porto Seguro Auto, que criou o Projeto Renova Ecopeças, empresa pioneira no mercado de reciclagem de carros no país. E que promove o reaproveitamento e o descarte adequado de peças e componentes de veículos. Afinal, nesse século de produtos descartáveis, os carros viram sucata em pouco tempo de uso. Segundo a Renova, a empresa usa “processo de desmontagem sustentável”, reaproveitando e reciclando “quase todas as peças e componentes de um carro”. As que estão em bom estado ou com pequenos defeitos voltam para o mercado, com procedência e garantia.
E o que isso tem a ver com a natureza? Tudo a ver. Com o reaproveitamento, tem menos sucata nas ruas, nos terrenos ou abandonadas às margens das rodovias, como a gente observa em alguns trechos da BR 101, em Pernambuco, por exemplo. Desde 2013, nada menos de 12.500 veículos foram processados pela Renova. No mesmo período, foram descartados de forma correta nada menos de 96.750 litros de produtos que fariam um bom estrago se jogados fora de forma irresponsável: fluído de freio, óleo de motor, óleo de câmbio ou fluído de transmissão, fluído de arrefecimento. Foram, também, encaminhadas para reaproveitamento 4.125 baterias. E ainda: 5.624 toneladas de aço foram enviadas à Gerdau (e reintroduzidas ao mercado de construção civil e automotivo) assim como 650 toneladas de vidro destinadas à reciclagem.
A Porto Seguro informa que possui centros automotivo, que são basicamente oficinas mecânicas que atendem a todos, não apenas segurados. Algumas unidades, como de Sorocaba e Diadema (ambas em São Paulo), são referências em sustentabilidade. Nos locais são feitos a reutilização da água da chuva, separação de materiais para reciclagem, evita-se o desperdiço de materiais. E exclusivamente em Sorocaba, são ofertadas bikes para os motoristas que deixam o seu veículo para manutenção. Teve um tempo – entre as décadas de 1970 e 1980 – que os políticos brasileiros consideravam os ambientalistas uns verdadeiros “ecochatos”. E é possível que estejam sendo vistos assim de novo pelas autoridades desse país, em pleno século 21. Mas hoje, felizmente, ser ambientalista é um ato de cidadania. Ou somos todos nós, ou fica difícil a vida do Planeta e das futuras gerações. E que bom que as grandes corporações começam a se mexer nesse sentido, inclusive multinacionais como a Nestlé e a Coca-Cola. Pelo menos, é uma forma de compensar o que as empresas – indústria química, automobilística, agronegócio, etc – tiram da natureza, quase nunca com a contrapartida na mesma proporção. E o resultado, a gente já vê por aí.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Porto Seguro Auto/ Renova Ecopeças/ Divulgação