Árvores queimadas quase matam tamanduá

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Coisa mais linda, esse tamanduá, super bebê. Ele é mais uma vítima da destruição de nossas áreas verdes. Foi em Aldeia, no Grande Recife, que o bichinho foi encontrado e felizmente resgatado por moradores daquele bairro.  O mamífero pesa apenas 232 gramas, e ainda tinha até o cordão umbilical, prova de que deveria estar com a mãe por perto. Mas ela não foi encontrada.  Os dois estavam em uma área de mata que sofreu queimada, onde várias árvores foram consumidas pelo fogo.

Felizmente, o bichinho já está no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da Agência Estadual de Meio Ambiente (Cprh), onde está sendo tratado e alimentado. Há algum tempo, uma preguiça com a cria foi resgatada com um filhote, nas mesmas condições do tamanduá. Ela estava no meio de um incêndio de mata, em Paulista, Zona Norte da Região Metropolitana.  Fugindo pelas árvores, ela fez tudo para salvar o bebê, mesmo com focinho e pelo queimados. Os dois foram para o Cetas. A mãe salvou-se, mas a “criança”, apesar de todo o esforço da adulta, não conseguiu sobreviver. Com a proteção da mãe, não foi atingida pelo fogo, mas aspirou muita fumaça, e morreu. A cena  da mãe heroína comoveu os homens do Corpo de Bombeiros, que tentavam apagar o fogo. Os animais foram socorridos com oxigênio.

Além do tamanduá, o Cetas recebeu, nesta semana: 168 aves, de diversas espécies, apreendidas em uma ação da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) em Gravatá, Agreste do Estado. Também recebeu mais duas (corujas) por entrega voluntária.. Os animais estão sendo tratados, reabilitados e, posteriormente, se possível, devolvidos à natureza.  Das duas corujas, uma, da espécie buraqueira, foi encontrada num sítio de Lagoa do Carro, Mata Norte do Estado.

A burauqueira foi levada inicialmente ao Centro de Treinamento do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA-Cetreino), no vizinho município de Carpina, onde está sendo realizada nova edição do programa Cprh Itinerante.  De lá, foi  encaminhada ao Cetas e encontra-se bem. A suspeita de ter uma asa quebrada, que não se confirmou, para alegria de todos nós A outra coruja, da espécie murucututu, foi encontrada no Varadouro, Olinda, e levada ao Cetas por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Também havia a suspeita de ter uma asa machucada, que não se confirmou. Mas para nossa tristeza, o animal apresenta lesões oculares. As demais aves, no total de 168, são das espécies graúna, jandaia estrela, patativa, azulão, tiziu, curió e rolinha (nomes populares).

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife

Foto: Divulgação / Cprh

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