O caminho percorrido por mulheres envolvendo letramento, literatura e liberdade segue em construção. O título deste artigo, se procurado nos sites de buscas, traz uma breve reflexão sobre o tema e provavelmente sinais de que o acesso à educação para o sexo feminino sempre foi sinônimo de luta. O termo imbecilitus sexus nos mostra uma perspectiva histórica, herdada do Brasil colonial sobre a mulher, escola e direitos. O ingresso na educação, a equiparidade intelectual e até mesmo a permissão de assinar o próprio livro são parte da evolução trilhada.
Aos poucos, o presente se distancia do passado; mas há muito a ser feito. Dizem que as mulheres seguem “ganhando”. Ao menos essa realidade é provada nas estatísticas do Censo de 2022: o número de mulheres alfabetizadas é maior do que dos homens. O número de escritoras no Brasil também cresce, mas a visibilidade ainda é pequena. A presença de autoras ganha forças, mas segue desproporcional aos nomes masculinos e ao tamanho do mercado editorial. Em pleno século XXI, falar sobre a importância da literatura feminina, seja ela feita por ou destinada ao cromossomo XX, é primordial. Há dois séculos, a mulher ganhava uma classificação medíocre e de casco inferior. Mas, ao longo dos anos, resistência, coragem, caneta e papel construíram um novo capítulo. Mesmo com um passado cheio de obstáculos e de um presente que tem como adversário a sobrecarga do mundo moderno, uma escritora entrega livros ao mundo sem poder fazer contas. Não há espaço para subtrair o que se foi, ou somar a cobrança do presente.
Cabe a cada um fazer essa reflexão e seguir iluminando o caminho literário desbravado por todas as mulheres. Falar de literatura feminina é trazer à tona a história de mulheres que não frequentaram as escolas e não sabiam escrever seus nomes. Falar sobre literatura é entender como uma resiliência ímpar é mãe de nomes, histórias, contos, romances e poesias. Literatura e mulher seguem na mesma linha e precisam ser aplaudidas. Se a arma do homem é a guerra, a da mulher é como ela ingressa na educação e como ela usa palavras para falar do passado, presente e construir o futuro.
*Fabiana C.O. é empresária, autora de “Sra. Capa”, ficção que promove debates acerca da sobrecarga feminina. Nos links abaixo, você pode conferir outros artigos encaminhados ao #OxeRecife para publicação
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Edição: Letícia Lins / #OxeRecife
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