A arte que vem do Alto José do Pinho

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Olhem aí o Alto José do Pinho, leia-se Neilton, fazendo e acontecendo. A exposição A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos acaba de ser prorrogada. Ela vai ficar em cartaz no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães até o dia 26 de agosto. A mostra teve início no dia 9 de maio, e já foi visitada por mais de 2 mil pessoas.

A exposição ocupa dois andares do Mamam (um dos mais respeitados espaços culturais do Recife), e  tem mais de 60 peças, que conta a história da banda Devotos, pela ótica de um dos seus integrantes, Neilton. A visitação é aberta e gratuita. A banda – que no início se chamava Devotos do Ódio – contribuiu para aumentar a auto estima e reforçar a identidade de um dos altos mais famosos da Zona Norte do Recife, hoje conhecido pelo seu movimento cultural e pelo trabalho em defesa da sustentabilidade e do meio ambiente.

No Mamam, estão expostas cerca de 60 peças do músico e artista plástico, que é autodidata. Entre os quadros, aqueles que serviram de base para as capas de discos do grupo. Há, ainda, curiosidades, como backdrops, posters, e fitas demo. Além de artista, o próprio Neilton é curador da mostra, que tem texto de apresentação de Heloísa Buarque de Holanda, ensaísta, pesquisadora, escritora, editora, crítica literária e uma das intelectuais mais influentes do País

Neilton começou a desenhar ainda criança. Adolescente,  pintava camisetas, para vender. Depois, começou a pintar quadros e não mais parou. Ele não está na Devotos desde o início da formação da banda, mas muito contribuiu para a sonoridade e imagem do grupo de rock, que é integrado por Cannibal (baixo e vocal), Celo Brown (bateria) e pelo próprio Neilton (guitarra). Aos 16, ao entrar no grupo, ele acumulou funções de guitarrista, artista visual e de designer, tudo de acordo com a filosofia punk, faça você mesmo. Até guitarra, ele confeccionou. Versátil, esse menino, não é não? Dou nota dez.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fo
to: Eric Gomes/ Divulgação

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