Após ser pilhado, Parque das Esculturas Francisco Brennand é entregue na quinta-feira (21/03)

Totalmente abandonado na gestão passada, quando vivia às escuras e foi pilhado de forma constante, brutal e impiedosa – sem que o então Prefeito (Geraldo Júlio, PSB) e a então Secretária de Turismo do Recife, Ana Paula Vilaça  tomassem alguma providência – o Parque de Esculturas Francisco Brennand será entregue amanhã (21/03) com a reposição do acervo que teve 64 de suas 79 peças roubadas, incluindo uma serpente com 20 metros de comprimento. Localizado em frente à Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, o Parque é um dos locais mais visitados da parte antiga da cidade.

Logo ao assumir o cargo, o Prefeito João Campos (PSB) informou que ele seria restaurado, contaria com segurança e monitoramento permanente, quando prometeu investir R$ 5,5 milhões na recuperação das peças. O que aliás só foi possível devido ao escultor Jobson Figueiredo, que foi o responsável pela confecção das esculturas metálicas idealizadas por Francisco Brennand (1927-2019)  e tinha os seus moldes. Brennand  havia doado as obras de arte durante as comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, quando a praça passou por uma grande reforma. Mas desde então, o Parque foi entregue a própria sorte, sendo alvo de bandidos e vândalos, sem que as autoridades lhe dessem a importância devida. A omissão gerou indignação entre os recifenses.

O Parque das Esculturas é um dos museus a céu aberto mais importantes do país, e será entregue ao público,  após passar por uma grande requalificação. O acervo conta com quase 80 peças que ajudam a contar, de maneira simbólica, parte da história pernambucana por meio de elementos artísticos criados pelo saudoso artista plástico, autor de obra monumental que não se restringe ao Parque das Esculturas, mas que se estende ao bairro da Várzea, onde fica oficina por ele erguida em uma fábrica de cerâmica em ruínas, que lhe foi doada pelo pai industrial. Brennand dedicou-se a recuperá-la e em transformar a velha indústria no que ele chamava de “catedral da arte”.