Após dois anos de cuidados no Recife, bicho-preguiça é devolvido à natureza na Paraíba

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Pensem em um animalzinho simpático. E esse da foto, mais ainda. É o Foguinho, bicho-preguiça (“Bradypus variegatus”) que chegou ao Parque Dois Irmãos ainda bebê,  após ter se perdido da mãe. Ele estava sob os cuidados da equipe técnica do Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI), onde há um projeto de acolhimento, recuperação e reintrodução à natureza. O filhote que levado para o PEDI  há mais de dois anos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/PB), voltará ao seu estado de origem: a Paraíba. A informação é da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco.

O animal atingiu a maturidade necessária para a reintegração à natureza e será solto no fragmento de Mata Atlântica onde se encontra o Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido como Parque da Bica, na Paraíba. Ou seja, fica em Zoo mas em vida livre. Durante o período em que esteve sob cuidados humanos, a equipe técnica do parque, junto com o Instituto Preguiça-da-garganta-marrom, cuidou do animal visando a possibilidade de sua soltura. Quando seus cuidadores constataram que Foguinho estava desempenhando bem as atividades instintivas de sua espécie, como se movimentar em árvores, a equipe decidiu iniciar o processo de reintegração à natureza.

Sob cuidados humanos desde bebê, bicho-preguiça “Foguinho” parece estar pronto para a vida selvagem

“Normalmente quando os animais vivem sob cuidados humanos, temos que avaliar a possibilidade de soltura e constatamos que no caso dele é possível sim”, afirma Fernanda Justino, Gerente Técnica de manejo e fauna do PEDI. Ela lembra que o fragmento de Mata Atlântica para onde Foguinho será levado é semelhante ao ambiente onde ele viveu no Recife. O processo de aclimatação começou há quinze dias, quando o mamífero foi levado  ao Parque da Bica, na Paraíba. Lá, uma equipe técnica observou como a preguiça reagiu ao clima e à alimentação, composta por folhas de plantas locais. Nesse período, também avaliaram como o animal se comportou com o uso de um colar rádio transmissor, utilizado para seu monitoramento.

Após a soltura definitiva na mata, a preguiça será monitorada por cerca de três meses para avaliar como ela se comporta em vida livre. “Se todos os resultados forem positivos, será retirado o colar de transmissão e finalizaremos o trabalho com esse animal”, explica Fernanda Justino. A reintrodução à natureza é resultado da parceria entre o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres da Paraíba (Cetras-PB), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/PB), o Parque Estadual de Dois Irmãos, o Parque da Bica e o Instituto do Bicho-preguiça-da-garganta-marrom, que seguem unindo esforços para oferecer bem-estar aos animais e promover a conservação da fauna nordestina.

Abaixo, confira mais informações sobre o bichinho que, vez por outra, aparece em áreas longe das matas.Pelo menos em Pernambuco.

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