“A Vida é mais Forte. Juntos fazemos a diferença”. É com esse lema que pessoas e instituições se mobilizam no domingo (1º de dezembro), no Marco Zero, para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Às 17h30m, haverá um abraço coletivo para “dizer não ao preconceito contra as pessoas que vivem com o HIV”, segundo um dos organizadores do ato, o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+).
A manifestação vai chamar a atenção, também, para o sucateamento dos mecanismos de assistência às populações soropositivas, por parte do governo federal. De acordo com o GTP+, a desestruturação das políticas públicas no campo do HIV/ Aids só faz aumentar. “Infelizmente, a gente vive um momento triste no Brasil com a mudança do nome do Programa de Aids que passou a ser Doenças Crônicas em vez de ressaltar a questão do HIV e da Aids, além dos retrocessos no campo dos direitos humanos. É por tudo isso, que estaremos juntos no dia 1º de dezembro”, desabafa o coordenador geral do GTP+, Wladimir Reis.
Todos os dias no País, duas pessoas morrem vítimas da doença. Em Pernambuco, a cada seis horas, uma pessoa é diagnosticada com HIV de acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde. A desestruturação das políticas públicas para a questão HIV/ Aids será denunciada através de relatos de militantes e também de pacientes que têm enfrentando um verdadeiro calvário para ter direito a atendimento digno nas três várias esferas do governo.
O evento deve reunir ativistas, representantes dos governos, população local e participantes do 1º Encontro da Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans vivendo e convivendo com HIV/Aids. Já estive no GTP+ por diversas vezes, na Avenida Manoel Borba, no Bairro da Boa Vista, onde constatei a seriedade da organização, na sua luta para dar assistência a pacientes com Aids, incluindo o suporte psicológico. E também pelo trabalho preventivo para enfrentar a epidemia. Pela sua sede de instalações bem modestas, passam – em busca de apoio – desde soropositivos com emprego formal até profissionais da noite, que fazem do sexo um meio de vida. Com sede no Recife, a ong atua há quase 20 anos, possui diversas premiações e é a primeira do gênero no Nordeste coordenada por pessoas que possuem o HIV.
Leia também:
Candleligth em clima de protesto
Amor, música, casório e LGBT
Transcidadania discutida em festival
Livro revela ousadia do Vivencial
O Recife ficou fora dessa
Cesta de música: MPB, black, LGBTQI
Entre a sanfona e o forró, uma ação social na Praça da Independência
Pernambuco tem 3 mil erros médicos
Serviço:
Onde: Marco Zero – Recife
Quando: 1º de dezembro (domingo)
O quê: Ato do Dia Mundial de Luta Contra Aids
Horário: 17h30
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação/ GTP+