A melhor sinfonia da Tchaikovsky no TSI

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Noite musical, nesta quarta-feira (20). É que a Orquestra Sinfônica faz mais um concerto da temporada, no Teatro Santa Isabel, a partir das 20h. Mas o público tem que chegar uma hora antes, para retirada de ingressos na bilheteria do TSI. E o programa de hoje está imperdível: a Sinfonia nº 6 em Sim Menor, deTchaikovsky (1877-1893). Ela é considerada pelo próprio compositor russo como a sua melhor obra, “a mais sincera”. Foi também a última.

Ele dizia: “Amo-a como jamais amei qualquer outra de minhas criações musicais”, chegou a afirmar em correspondência escrita em 1893 ao seu sobrinho Vladimir Davidov. “Além de ser uma das melhores composições de Tchaikovsky e de todo o repertório erudito, foi também a sua derradeira: depois de ter regido, ele mesmo, a primeira execução da peça, Tchaikovsly foi vitimado pela cólera”, diz o maestro Marlos Nobre.

Como sempre faz,  ele abriu o ensaio da terça, de manhã, para estudantes, quando explica para o público a função de cada instrumento na orquestra, assim como a história dos compositores escolhidos. Mas… Nem só de música russa vive o concerto da OSR dessa quarta-feira. A OSR executará a peça Mourão, para orquestra de cordas, a mais célebre do compositor Cesar Guerra-Peixe.

A música foi composta após a passagem de Guerra-Peixe pelo Recife e seu contato com a produção e a tradição musical pernambucana, que lhe revelou o maracatu e o frevo, mudando para sempre sua relação com a música.  “Foi, no mínimo, muito curiosa a trajetória de Guerra Peixe como compositor. De jovem ferrenho defensor da técnica dodecafônica e crítico do nacionalismo musical, ele passou a entusiasta do maracatu e da música popular nordestina. E foi justamente nessa segunda e definitiva fase que ele conquistou reconhecimento”, conta o maestro Marlos Nobre.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Andréa Rego Barros / Divulgação /PCR

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