Ator, instrumentista, cantor, filho de artista famoso – e com uma boa estampa – Ceceu Valença se prepara para iniciar temporada de shows pelo Brasil, começando pelo Recife. É que no dia 31 de maio, às 22h, ele se apresenta na Sala de Reboco, para divulgar seu EP já lançado nas plataformas digitais. Entre as músicas que apresenta naquela casa noturna da Zona Oeste do Recife, ele cantará Doce Menina – já disponível na Web – e a inédita Girassol, que brevemente chegará à Internet.
O EP traz, também, clássicos do cancioneiro popular do Nordeste, como Xote das Meninas, Qui nem Jiló, Moça Bonita, Olha pro Céu me amor, Esperando na Janela, entre outros. Nascido no Rio de Janeiro e filho de Alceu Valença, Ceceu afirma que as canções do seu repertório estabelecem a ponte entre o Brasil profundo e a metrópole, entre o Sertão e o Baixo Leblon. “São músicas que fazem parte do meu imaginário. Conheço Dominguinhos e Geraldo desde criança, possuo uma ligação artística e afetiva com estas canções”, diz. Com os filhos dos dois artistas, ele montou o show Estação Lunar , com o qual já se apresentou em várias localidades do país.
Mais uma vez, ele faz a ligação do urbano com a caatinga. “Como sempre gostei de música pop, é uma tendência natural unir raízes e antenas”, diz Ceceu, que também presta tributo ao pai, com quem divide um dueto, cantando O Xote das Meninas (de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira). E inclui no setlist Bicho Maluco Beleza e Embalada do Tempo, de Alceu. “A música mais rica do Brasil está no nordeste. Sob o manto do forró, existe uma infinidade de gêneros: do xote a embolada, da toada ao baião, do coco ao martelo. São estilos sofisticados e ao mesmo tempo super populares porque possuem ginga, malemolência, uma certa inocência cheia de segundas intenções” – explica.
Nas apresentações juninas, além das canções do EP, Ceceu traz sucessos como Pedras que cantam; Anunciação; Petrolina, Juazeiro; e La Belle de Jour e a canção Meu Girassol. “Comecei a tocar bateria muito jovem. Aos 18 anos eu estava tocando em Montreux. Depois fui estudar teatro, me formei ator, fiz cinema. Mas senti que era a hora de mergulhar novamente na música. E isso de uma maneira natural, fazendo aquilo que sempre quis: agora como cantor”, diz. Seu show Estação Lunar, com Liv Moraes (filha de Dominguinhos) e Clarice Azevedo (filha de Geraldo Azevedo) tem arrastado multidões, por onde o trio se apresenta.
Confira, no vídeo, Doce Menina, com Ceceu:
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“Frevo e forró, são como feijão e arroz, não vivo sem os dois”
Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Fotos e vídeo: Divulgação