A poetisa que amava os flamboyants

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Mais uma edição, neste sábado, do Projeto  Música e Poesia, na Academia Pernambucana de Letras. O recital será em homenagem à poetisa Maria do Carmo Barreto Campelo (1924-2008), cuja estreia na Literatura ocorreu há exatamente 50 anos, quando ela lançou Música do Silêncio. Maria do Carmo deixou 14 livros, inclusive Miradouro, Partitura Sem Som e Solidão Compartilhada.

Entre os seus temas prediletos estão a religiosidade católica, o eu, a solidão, o amor conjugal, a família e os vegetais. Entre estes, o flamboyant marca maior presença. “Aqui no meu território / limitado ao Nordeste e Oeste/ pelos ombros brancos do muro / e ao leste por um flamboyant que vomita vermelho”. Ela fala no território em que fincou suas raízes, “onde (mulher) me plantaram e me  regaram com a água da vida”, e se diz como “uma ilha cercada (de filhos) por todos os lados”.

Em 2009, um ano após sua morte,  as obras completas foram publicadas. Ela é apontada como uma das mais importantes poetisas do século 20 em Pernambuco.  Maria do Carmo Barreto Campelo pertenceu à APL, tendo como patrono Padre Gomes Pacheco. O recital acontece a partir das 17h, no auditório da APL, que fica na Avenida Rui Barbosa, 1596, Graças. A entrada é gratuita. A atriz Sônia Biebard e o poeta José Mário Rodrigues farão uma colagem poética. Também haverá apresentação de poemas e músicas de pernambucanos, com participação especial da cantora Beth Coelho e do violonista Cláudio Almeida.

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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